A gigante dos eletrônicos Foxconn, que, entre outras coisas, produz o iPhone da Apple, se concentrará em parte na produção de máscaras descartáveis faciais por causa do novo vírus corona.
A empresa espera produzir 2 milhões de máscaras por dia até o final deste mês, informou a BBC nesta sexta-feira (7).
Após a epidemia do vírus infeccioso, surgiu uma escassez mundial de máscaras.
“Na guerra contra essa epidemia, cada segundo conta. Quanto mais cedo tomarmos precauções, mais cedo poderemos controlar o vírus”, afirmou a empresa.
O novo vírus corona já matou 638 pessoas e mais quase 32 mil estão infectadas.
Uma associação comercial de médicos em Hong Kong disse anteriormente que havia encomendado 50.000 máscaras faciais nos EUA, mas estavam esgotadas. Outros grupos profissionais, como os de produtos de limpeza, também enfrentam o problema.
Além da Foxconn, a fabricante de automóveis americana, General Motors, também anunciou que quer ajudar a encontrar uma solução.
Máscaras antivirais
No entanto, máscaras faciais descartáveis não podem bloquear todos os patógenos e não os matam. Uma máscara usada e descartada pode até se tornar um vetor de doença à medida que os patógenos se multiplicam em suas fibras.
Por isso, duas empresas israelenses estão finalizando o desenvolvimento de máscaras faciais reutilizáveis antivirais revolucionárias. As máscaras poderiam ser ferramentas vitais de prevenção em epidemias como a do vírus corona.
Máscaras laváveis e reutilizáveis com propriedades ‘antipatogênicas’ podem fornecer uma ferramenta de prevenção potente contra o 2019-nCoV e outros vírus coronas que evoluíram para doenças mais graves, como SARS e MERS.
A empresa israelense Sonovia disse que não há vacina ou tratamento para o 2019-nCoV. Então, o equipamento de proteção individual é uma maneira importante de combater a transmissão do vírus e evitar uma pandemia.
A tecnologia ultrassônica de acabamento de tecidos da Sonovia, inventada por dois professores de química da Universidade Bar-Ilan, injeta mecanicamente nanopartículas antivirais, antimicrobianas de zinco e óxido de cobre em tecidos para máscaras faciais e outros produtos de proteção.
Testes mostraram que os tecidos tratados pela Sonovia trabalham contra seis tipos de bactérias, incluindo E. coli e Staph. A eficácia dura até 100 lavagens a 75 ° C ou 65 lavagens a 92 ° C.
O tecido impregnado de poliéster e algodão tem se mostrado eficaz contra alguns tipos de influenza. Não foi testado quanto à eficácia contra o vírus corona atual.
“Se houver um laboratório que possa fazer esse teste, o processo poderá levar oito semanas”, diz Goldhammer-Steinberg.
As máscaras ainda não são comercializadas. Mas a empresa já possui um protótipo de máquina que poderia ser colocado em operação.
A outra empresa israelense é a Argaman. Ela está se aproximando da comercialização de uma máscara antiviral reutilizável, lavável e respirável chamada Bio-Block.
Segundo o fundador e CEO, Jeff Gabbay, engenheiro têxtil com experiência em patologia e doenças infecciosas, a Bio-Block é uma máscara em camadas. É feito de um algodão proprietário incorporado com partículas aceleradas de óxido de cobre e um tecido de nanofibra que bloqueia patógenos.
“Os poros da almofada de nanofibra são tão pequenos que as bactérias não conseguem passar por ela – nem uma gota que contém um vírus vivo – e nossas fibras 100% de Algodão ‘CottonX’, aprovadas pela EPA, destroem os patógenos que entram em contato com ela”, disse Gabbay.
A máscara não apenas bloqueia o vírus, mas mata os vírus que vão para o usuário e se afastam do usuário, caso o usuário esteja infectado.
Como o têxtil ‘Sonovia’, o ‘CottonX’ não foi testado quanto à eficácia contra o vírus corona 2019-nCoV.
As primeiras 20.000 máscaras da Bio-Block estão em produção nas instalações da Argaman em Jerusalém e serão vendidas por cerca de US $ 50. Elas estarão disponíveis em cerca de dois meses.