O ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, de 67 anos, morreu nesta sexta-feira (8) depois de ser baleado durante um ato de campanha às vésperas das eleições que acontecem no domingo (10). O atentado aconteceu na cidade de Nara, região oeste do país. Um homem de 41 anos identificado como Tetsuya Yamagami foi preso pela polícia no local do crime.
A morte do ex-líder foi confirmada pela emissora pública de televisão NHK e por um membro do alto escalão do Partido Liberal Democrata (PLD), ao qual Abe era filiado. A morte do ex-premiê deixou o Japão em choque, um país onde a violência com arma de fogo é extremamente rara e a legislação é dura em relação à propriedade de armamentos.
Ainda não há informações claras sobre a motivação do ato. De acordo com as informações preliminares, as autoridades acreditam que o suspeito atirou em Abe usando uma espingarda de fabricação caseira. O atual primeiro-ministro, Fumio Kishida, que pertence ao mesmo partido de Abe e o sucedeu no cargo, classificou o ataque como “imperdoável”.
“Não perdoaremos a pessoa que atirou em Abe, e não precisamos de mais provas para condená-lo. Ele agora é tutelado pelo Estado japonês”, declarou o gabinete.
Ao todo, Shinzo Abe esteve no poder durante 8 anos e deixou o cargo em setembro de 2021. Foi o chefe de governo a ocupar o posto por mais tempo. Ao renunciar, ele alegou motivos de saúde, já que sofria de colite ulcerativa crônica, uma doença que já o havia tirado do poder em uma outra ocasião, em 2007.