Desde 2023, o mundo tem observado uma ascensão da direita e do conservadorismo globalmente. Exemplos dessa tendência incluem a consolidação do bloco colorado no Paraguai com Santiago Peña, a ascensão do libertário Javier Milei na Argentina e de Nayib Bukele em El Salvador. Recentemente, as eleições para o Parlamento Europeu também registraram um avanço da direita em todos os países da União Europeia.
Nos Estados Unidos, o ex-presidente Donald Trump lidera todas as principais pesquisas presidenciais para as eleições de novembro deste ano. As sondagens mostram Trump à frente do atual presidente, Joe Biden, com ampla vantagem, incluindo liderança em estados pêndulos, que podem ser decisivos para determinar o próximo ocupante da Casa Branca.
A mais nova onda política da direita, juntamente com a liderança de Trump nas pesquisas, sugere que o Brasil pode ficar isolado politicamente em breve. Sob o comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o país tem se alinhado cada vez mais com a China e a Rússia, distanciando-se de países liderados por adversários ideológicos, como Javier Milei na Argentina.
Nos bastidores, há especulações de que Donald Trump e seus aliados planejam, em caso de retorno à Casa Branca, impor ao Brasil reveses políticos e até embargos, baseando-se em acusações de perseguição política a opositores do governo Lula, censura e violações da liberdade de imprensa e de opinião. Pontos como esses têm gerado preocupação no parlamento americano e sido alvo de reportagens na mídia dos Estados Unidos, além de comentários de representantes das big techs, como o bilionário Elon Musk.