O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou na quarta-feira (26) uma recompensa de US$ 10 milhões por informações que levem à captura de Amin Timovich Stigal, um cidadão russo de 22 anos acusado de conspirar para hackear e destruir sistemas e dados na Ucrânia e em países aliados, incluindo os próprios EUA.
A acusação contra Stigal, emitida por um grande júri federal do estado de Maryland, destacou a gravidade dos ataques cibernéticos perpetrados por ele, que precederam a invasão russa na Ucrânia em fevereiro de 2022.
Inicialmente, Stigal focava suas atividades em sistemas não militares do governo de Kiev.
Os EUA acusam Stigal, que está foragido, de colaborar com a inteligência militar russa para disseminar um malware identificado como “WisperGate” nos sistemas governamentais da Ucrânia, com o objetivo de destruí-los.
Os ataques de Stigal também foram direcionados aos sistemas do território americano e da Europa. O hacker ainda tentou invadir os computadores de uma agência federal do governo dos EUA em Maryland.
Caso seja capturado, Stigal será levado a julgamento e, se condenado, poderá pegar até cinco anos de prisão. Ele continua sendo investigado pelo FBI, e o processo contra ele está sendo liderado pelos promotores de Maryland.
O procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, enfatizou o compromisso do país com a Ucrânia e a responsabilização dos colaboradores russos.
“O Departamento de Justiça continuará apoiando a Ucrânia em todas as frentes de sua luta contra a guerra de agressão da Rússia, incluindo responsabilizar aqueles que apoiam atividades cibernéticas maliciosas da Rússia”, disse Garland.