De novembro deste ano a março de 2020, como parte de uma exposição que celebra a cidade de Cartago, uma estátua gigante de Moloque, o deus dos antigos cananeus e cartagineses, receberá os visitantes na entrada do Coliseu Romano, na Itália.
Moloque é uma divindade pagã que exigia que seus devotos sacrificassem seus filhos, jogando-os em fogo ardente no peito da estátua como um ato de adoração. A localização da exibição é particularmente digna de nota, já que o Coliseu Romano é onde muitos cristãos primitivos foram massacrados pelas mãos de ditadores lunáticos, com medo de uma fé que não podiam parar.
A Igreja Católica havia tornado o Coliseu um local sagrado para homenagear esses primeiros cristãos martirizados por sua fé, colocando até as Estações da Cruz ali para que os fiéis contemplassem o sacrifício de Cristo e dos mártires. Agora, o Coliseu é “guardado” pelo deus pagão Moloque, cuja demanda por sacrifício de crianças foi comparada à moderna epidemia de aborto, e os fiéis são recebidos com uma estátua em homenagem a uma divindade pagã, cujo espírito assassino ainda procura matar crianças.
Moloque é conhecido com o deus da morte e do infanticídio. O sacrifício de bebês foi documentado por fontes bíblicas e gregas.
Segundo o LifeSite News, para muitos peregrinos cristãos, a estátua de Moloque no Coliseu não é bem vista.
“Ficamos muito empolgados no dia em que decidimos ir ao Coliseu. Mas, no momento em que chegamos lá, a percepção do que vimos foi horrível! A colossal estátua pagã de Moloque fica de guarda em frente à entrada. Foi colocada naquele local privilegiado para que todos os que entrassem no Coliseu tivessem de passar por ela”, disse Alexandra Clark ao LifeSite News. Para Clark, aquilo foi “uma zombaria” do martírio daqueles primeiros cristãos.
O nome desse deus pagão é frequentemente escrito como Moloque na Bíblia, mas outras culturas também usam a grafia ‘Maloque’ ou ‘Moleque’.
Segundo a LifeSite, a estátua de Moloque que foi colocada no Coliseu é modelada em uma encontrada no filme mudo italiano de 1914, ‘Cabiria’. No filme, o ídolo Moloque, instalado em um templo cartaginês, tem um gigantesco forno de bronze no peito, no qual centenas de crianças são jogadas. Cabiria, a heroína do filme, é ameaçada com esse destino ardente.
Historiadores da Grécia antiga registram que queimar crianças vivas como uma oferta era uma prática comum em Cartago. Os cartagineses “chamavam a divindade Baal e Cronus ou Saturno, o deus romano que, segundo a lenda, comia seus próprios filhos para que não o substituíssem”.
Moloque também é mencionado várias vezes na Bíblia, no livro de Levítico, do Antigo Testamento. A Bíblia menciona que o sacrifício de crianças é estritamente proibido.
“Se o povo da terra fechar os olhos a respeito do homem que entregar um de seus filhos a Moloque e não o matar, EU mesmo ficarei contra ele e contra sua família. EU o expulsarei do meio do povo, junto com todos os que seguirem seu exemplo e adorarem o deus Moloque” (Lev. 20, 4-5).
Sínodo da Amazônia
A estreia da estátua de Moloque coincidiu com o encontro sul-americano do Sínodo da Amazônia no Vaticano, onde estátuas de fertilidade pagã estavam em exibição, mesmo à vista do Papa Francisco. Os fiéis católicos ficaram indignados.
“Começou quando a cerimônia de abertura no jardim do Vaticano estava cheia de adoração à Terra e o que parecia ser adoração a ídolos, acontecendo bem diante do Papa e com a sua bênção. Não é preciso ser uma artista experiente para reconhecer deusas antigas da fertilidade … Prostrar-se diante de imagens esculpidas de deusas da fertilidade não é católico”, disse Megan Fox da PJ Media.