A agência de notícias AP confirmou nesta manhã, quem sãos as 157 vítimas fatais dos 35 países a bordo do voo da Ethiopian Airlines, que fazia a rota da capital etíope Addis Ababa para a capital queniana Nairóbi.
O Boeing 737 MAX entrou em colapso seis minutos após a decolagem, às 08:38, hora local, depois que o contato por rádio foi perdido, neste último domingo.
O avião caiu a cerca de 50 quilômetros a sudeste da capital Addis Abeba.
A maioria das vítimas são quenianas, 32 destes estavam na lista de passageiros.
Homens, mulheres, médicos, um embaixador aposentado, pessoas em viagem de negócios, dois engenheiros da filial queniana da General Electric e um casal, que havia deixado seu bebê de 15 meses em casa.
As Nações Unidas anunciaram que 19 funcionários de organizações afiliadas à ONU estavam no voo.
Adis Abeba e Nairóbi são cidades importantes para organizações humanitárias; os funcionários estavam indo para de uma grande conferência sobre clima, que acontecerá esta semana em Nairóbi.
Dezoito canadenses também estavam a bordo da aeronave.
Entre eles, estava um professor canadense-nigeriano, que iria a uma reunião de um conselho socioeconômico em Nairóbi.
Oito italianos também morreram, incluindo o advogado de direitos humanos Paolo Dieci. Ele foi o fundador e presidente da organização italiana de direitos humanos CISP.
Uma organização que coopera com a Unicef, no norte da África.
Nesta manhã, temia-se por vítimas holandesas, pois os quenianos haviam inicialmente informado isso; mas a informação foi retificada para 5 alemães.
Houve um equívoco, confundindo as palavras “Dutch” (holandês) com “Deutsch” (alemão).
A família de um parlamentar eslovaco e três médicos da Áustria também estão entre as vítimas.
Uma grande cadeia de hotéis quenianos anunciou que seu diretor, o sueco Jonathan Seex, morreu no acidente. Jonathan era um dos três ocupantes suecos.
No Twitter, o primeiro-ministro etíope Abiy expressou suas condolências aos parentes de passageiros mortos.
Lista das vítimas e seus respectivos países:
Quênia: 32
Canadá: 18
Etiópia: 9
China: 8
Itália: 8
EUA: 8
França: 7
Reino Unido: 7
Egito: 6
Alemanha: 5
Índia:4
Eslováquia: 4
Áustria: 3
Rússia: 3
Suécia: 3
Espanha: 2
Israel: 2
Marrocos: 2
Polônia: 2
Nacionalidade desconhecida: 2
Bélgica: 1
Djibuti: 1
Indonésia: 1
Irlanda: 1
Moçambique: 1
Noruega: 1
Ruanda: 1
Arábia Saudita: 1
Sudão: 1
Somália: 1
Sérvia: 1
Togo: 1
Uganda: 1
Iêmen: 1
Nepal: 1
Nigéria: 1
Série 737 MAX
Não se sabe nada sobre a causa do desastre, mas de acordo com um website de rastreador de voos da Suécia, foram medidas flutuações na velocidade de subida, durante a decolagem.
No entanto, já se soube que tanto o capitão quanto o copiloto eram pilotos experientes.
A caixa preta da aeronave já foi encontrada, mas foi danificada com o impacto.
A nova aeronave foi comprada pela Ethiopian Airlines há quatro meses.
A companhia aérea é popular entre os viajantes africanos porque opera entre um grande número de destinos na África.
A empresa tem uma boa reputação, embora uma das aeronaves tenha caído no Mediterrâneo em janeiro de 2010, depois de decolar de Beirute, causando a morte dos 90 passageiros.
Outro acidente com um 737 MAX
Há cinco meses, outro Boeing 737 MAX da empresa indonésia Lion Air, entrou em colapso pouco depois de sua decolagem, do aeroporto de Jacarta, na Indonésia. Nesse acidente, 189 pessoas perderam a vida.
Investigações confirmaram que um sensor enviava informações incorretas para o sistema de segurança automática, para que o nariz da aeronave fosse sempre enviado para baixo.
A Boeing então alertou todos os pilotos do Boeing 737 MAX para o problema no controlador de altura e anunciou uma atualização de software.
Esta atualização parece que ainda não aconteceu.
Posicionamento da Boeing
A série 737 MAX é popular.
Desde o lançamento em 2011, cerca de 5000 foram encomendados em todo o mundo.
A Boeing já entregou 350, dos quais 90 à China.
As autoridades de aviação chinesas informaram nesta manhã, que manterão todas as aeronaves Boeing 737 MAX da China no solo, depois do acidente na Etiópia no domingo.
De acordo com a fabricante de aeronaves Boeing, a investigação sobre o desastre está em fase inicial e, por enquanto, não será necessário fornecer novas diretrizes para os usuários.
“Segurança é nossa primeira prioridade e tomamos todas as medidas possíveis para investigar todos os aspectos desse acidente”, disse um porta-voz da Boeing para a agência de notícias Reuters.