Sob a tradução do árabe como “entusiasmo” ou “fervor”, o grupo palestino conhecido como Hamas lançou ataques contra o Estado de Israel neste sábado (7), resultando em um trágico saldo de centenas de civis mortos e feridos. Esse grupo extremista, criado há 36 anos, é amplamente considerado uma organização terrorista, sendo essa classificação respaldada por países como os Estados Unidos, Japão e a própria União Europeia (UE).
O Hamas declara que sua luta é em prol da Palestina, alegando que a região onde se encontra o Estado de Israel é uma terra sagrada islâmica. Sua origem remonta a uma revolta popular em 8 de dezembro de 1987, conhecida como a “Primeira Intifada” ou “Guerra das Pedras”. Este conflito perdurou até 1993, quando foi selado um cessar-fogo em Madri (Espanha) e Oslo (Noruega), marcando também a criação da Autoridade Nacional Palestina (ANP). No entanto, a implementação dos acordos subsequentes nunca se materializou, com o Hamas considerando o tratado como “infame”.
O Hamas, que se denomina como “Movimento de Resistência Islâmica”, fundamenta-se nos princípios do Corão, alegando lutar pela formação de um Estado palestino abrangendo toda a área de Israel, que o grupo não reconhece como nação legítima. Essa disputa territorial e religiosa vem se perdurando há décadas.
O movimento terrorista Hamas teve seus primórdios com o sheikh Ahmed Yassin, Abdel Aziz al-Rantissi e Mohammad Taha, figuras que emergiram da Irmandade Muçulmana, uma organização estabelecida em 1928 e que rejeita os elementos da cultura ocidental, pregando a adesão aos ensinamentos do Corão.