Fortes chuvas atingiram a região de Valência, na Espanha, nesta terça-feira (29), desencadeando enchentes devastadoras que resultaram em 62 mortes, segundo o Centro Integrado de Coordenação Operacional do Ministério do Interior. A tragédia causou alagamentos em várias estradas e afetou cidades próximas, deixando dezenas de pessoas desaparecidas.
A Agência Estatal de Meteorologia da Espanha classificou as chuvas como as mais intensas registradas na Comunidade Valenciana neste século e emitiu um alerta vermelho para a área, com previsão de mais precipitações até quinta-feira (31).
Entre os efeitos dramáticos das enchentes, o serviço ferroviário entre Madrid e Valência foi suspenso, e um trem com quase 300 passageiros descarrilou perto de Málaga. Felizmente, não houve feridos.
Na região de Cuenca, a Unidade Militar de Emergência (UME) foi mobilizada para resgatar 30 pessoas presas em suas casas. O presidente regional, Carlos Mazón, relatou que algumas áreas seguem isoladas, dificultando o acesso das equipes de resgate.
O governo espanhol reforçou as ações de emergência: o Ministério da Defesa disponibilizou necrotérios portáteis, antecipando a possibilidade de mais vítimas serem encontradas à medida que a lama for removida das áreas alagadas. Equipes de resgate com militares e cães treinados estão mobilizadas para buscas.
O presidente da Espanha, Pedro Sánchez, aconselhou os residentes de Valência a permanecerem em casa e informou que os serviços de emergência seguem intensamente ativos na região. Em mensagem no X/Twitter, Sánchez afirmou que as operações de resgate estão em andamento para proteger a população e mitigar os efeitos da tragédia.