O Vaticano rejeitou na segunda-feira (10) a ideia de que as pessoas podem mudar ou escolher seus gêneros.
O documento publicado sobre o tema é o primeiro do Vaticano sobre a teoria de gênero e insiste na “complementaridade” sexual de homens e mulheres para gerar filhos.
Publicado durante o Mês do Orgulho LGBTQ, o documento, intitulado “Homem e mulher que ele criou”, pede um “caminho de diálogo” sobre a questão da “teoria de gênero” na educação.
A intenção era ajudar professores católicos, pais, alunos e clérigos a abordar a “crise educacional” no campo do ensino da sexualidade, informou a Fox News.
Mesmo os sacerdotes defensores dos católicos LGBT notaram que o texto parecia ter se baseado inteiramente em pronunciamentos papais anteriores, documentos do Vaticano, filósofos e teólogos.
“As experiências da vida real das pessoas LGBT parecem totalmente ausentes deste documento”, disse o padre James Martin, um padre jesuíta que escreveu um livro sobre como melhorar a divulgação da Igreja Católica à comunidade LGBT, intitulado “Construindo uma Ponte”. “Devemos dar as boas-vindas ao chamado da congregação para dialogar e ouvir sobre gênero, e espero que a conversa comece agora.”
Os católicos LGBT denunciaram rapidamente o documento formal, chamando-o de nocivo e afirmando que contribui para o ódio, o fanatismo e a violência contra gays e transgêneros.
O Papa Francisco tem repetidamente argumentado contra as pessoas que escolhem seus próprios gêneros. Mas o documento representa a primeira tentativa de colocar a posição do Vaticano, articulada pela primeira vez pelo papa Bento XVI em um discurso de 2012, em um texto oficial abrangente.
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