Mais de 13 milhões de holandeses estão convocados às urnas nesta quinta-feira (6) para eleger um novo Parlamento Europeu. Na Holanda, 20 partidos políticos de diversas ideologias participam da votação, com a direita liderando todas as pesquisas.
Os centros de votação na Holanda estarão abertos até às 21h (horário local, 16h de Brasília). Os holandeses escolherão 31 dos 751 representantes do Parlamento Europeu.
As últimas sondagens indicam que o partido de direita nacionalista PVV, liderado por Geert Wilders, está no topo das intenções de voto. Algumas pesquisas mostram um empate entre o PVV e a lista de esquerda formada pelos verdes e social-democratas (GL-PvdA), liderada pelo ex-vice-presidente da Comissão Europeia Frans Timmermans. Ambos os grupos poderiam obter oito assentos cada, se as previsões se confirmarem.
A Holanda deu início às eleições europeias nesta quinta-feira (6), marcando o início de um processo em que eleitores dos 27 países da União Europeia (UE) irão às urnas até o próximo domingo. No país, há grande expectativa em torno dos números de participação, tradicionalmente mais baixos do que em outras eleições nacionais.
Na convocatória europeia anterior, em 2019, apenas 41% dos eleitores holandeses compareceram às urnas, em contraste com os 78% que participaram das eleições legislativas de novembro do ano passado, onde o PVV de Geert Wilders obteve uma grande vitória.
Um estudo realizado pelo programa público EenVandaag e pela agência Ipsos I&O revela que 62% dos eleitores holandeses irão se basear total ou parcialmente na política nacional ao votar. Isso reflete a atenção dedicada aos esforços de três partidos de direita, liderados por Wilders, para formar o futuro governo holandês, substituindo o do primeiro-ministro Mark Rutte.
A imigração surge como a questão central para muitos eleitores nas eleições europeias, de acordo com a Ipsos. Tanto Geert Wilders quanto Frans Timmermans focaram fortemente nesse tema em suas campanhas, apresentando posições diametralmente opostas sobre o tratamento de refugiados e requerentes de asilo.
O pacto governamental alcançado por Wilders em meados de maio propõe medidas contundentes: reduzir o número de asilados sob uma “cláusula de exclusão” das políticas europeias, limitar as metas climáticas, aliviar o setor agrícola das rígidas normas ambientais europeias e reforçar o apoio ao governo de Benjamin Netanyahu em Israel.