O câncer de próstata é um dos principais temas quando se trata de saúde masculina. Este tipo de câncer é o segundo mais comum entre os homens em todo o mundo, logo atrás do câncer de pulmão. No Brasil, a cada hora, oito homens recebem o diagnóstico dessa doença.
A próstata é um órgão chave no sistema reprodutivo masculino e na produção de sêmen, no fluido que transporta os espermatozoides durante a ejaculação. Ao longo dos anos, os pesquisadores têm se perguntado se a frequência da ejaculação poderia influenciar ou não o risco de câncer de próstata.
Surpreendentemente, algumas evidências sugerem que sim. Uma revisão recente que examinou estudos médicos dos últimos 33 anos descobriu que sete dos 11 estudos revelaram um efeito benéfico da frequência da ejaculação no risco de câncer de próstata.
Embora os mecanismos exatos ainda não sejam completamente compreendidos, esses estudos sugerem que a ejaculação pode reduzir o risco de câncer de próstata ao diminuir a concentração de toxinas e estruturas cristalinas na próstata, que podem contribuir para o desenvolvimento de tumores.
Além disso, a ejaculação pode influenciar a resposta imunológica na próstata, reduzindo a inflamação ou aumentando a defesa do organismo contra células tumorais.
No entanto, a idade desempenha um papel importante nessa relação. A frequência da ejaculação foi associada a um menor risco de câncer de próstata em diferentes faixas etárias, variando desde os 20 anos até idades mais avançadas.
Um estudo da Universidade de Harvard mostrou que homens que ejaculavam com maior frequência tinham um risco significativamente menor de desenvolver câncer de próstata em comparação com aqueles que ejaculavam menos vezes ao longo da vida.
Apesar dessas descobertas, é importante dizer que a medição da frequência da ejaculação depende de autorrelatos, o que pode levar a resultados imprecisos devido a vários fatores, incluindo atitudes pessoais e sociais em relação à atividade sexual e à masturbação.
Outros fatores de estilo de vida, como atividade física, índice de massa corporal e níveis de testosterona, também podem influenciar o risco de câncer de próstata.