Duas freiras que trabalhavam em uma casa de repouso foram expulsas da Nicarágua pela ditadura de Daniel Ortega. Trata-se de mais uma investida do regime sandinista, que persegue líderes da oposição, jornalistas e representantes da Igreja Católica.
Agora, o líder autoritário mira o clero de seu país, chamando os bispos da Conferência Episcopal da Nicarágua (CEN) de “terroristas”. O ditador frequentemente acusa o catolicismo de apoiar protestos “antigovernamentais” e “antidemocráticos”, que seu governo chama de “tentativa de golpe”.
As duas freiras expulsas pelo regime, ambas cidadãs costa-riquenhas, chegaram à Costa Rica na última quarta (12), conforme informações da Diocese de Tilarán-Libéria. As irmãs Isabel e Cecilia Blanco Cubillo, da congregação Dominicas de la Anunciata, administravam uma casa de repouso na Nicarágua.
Já na terça-feira (11), as autoridades do país localizado na América Central confiscaram um mosteiro de freiras trapistas em San Pedro de Lóvago, em Chontales. O prédio foi declarado como uma propriedade do Instituto Nicaraguense de Tecnologia Agrícola.
Ortega e seu governo desencadearam uma campanha de terror político no país ao longo das últimas décadas. Ele esteve no poder de 1979 a 1990 e depois retornou à presidência em 2007, sendo reeleito pela última vez em 2021, com 75% dos votos, numa eleição marcada por dúvidas e indícios de fraude.
O Conexão Política e outros órgãos de imprensa brasileiros e estrangeiros tentam uma manifestação do governo nicaraguense, mas o regime não responde aos questionamentos da mídia.