Uma nova proposta de lei do governo dinamarquês e do Partido do Povo Dinamarquês tornaria ilegal que governos e autoridades estrangeiras doassem dinheiro a comunidades e instituições religiosas na Dinamarca. A proibição abrangerá empréstimos, doações, doação de equipamentos, ajuda financeira ao pessoal e até contratação de instalações.
O fator de Catar e Turquia enviarem muito dinheiro para as mesquitas é um dos fatores para que ocorra a proibição.
“Nós temos certeza de que a proibição de doações estrangeiras interromperá o fluxo de caixa”, disse o porta-voz do Partido Popular Dinamarquês, Martin Henriksen.
A Turquia investiu em mesquitas em Roskilde e Holbæk, e o Catar doou cerca de 100 milhões de coroas dinamarquesas (5 milhões de reais) para a construção de uma nova mesquita no distrito de Nørrebro, em Copenhague.
No entanto, especialistas temem que a medida possa provocar uma reação no exterior.
“É óbvio que tal movimento poderia ser visto como assédio na Turquia e mais um exemplo da desigualdade religiosa”, diz Cecilie Felicia Stokholm Banke, pesquisadora sênior do Instituto Dinamarquês de Estudos Internacionais.
De acordo com uma estimativa de 2018, a Dinamarca, uma nação de 5,5 milhões, tinha uma população muçulmana de pouco mais de 300.000 (ou 5,3%), o que está aumentando devido à imigração.