No último domingo (12), terroristas muçulmanos invadiram uma igreja atirando e matando seis pessoas durante um culto em Burkina Faso. Entre os mortos está o padre de 34 anos que realizava a missa.
O ataque ocorreu na cidade de Dablo, na província de Sanmatenga, localizada no norte de Burkina Faso, na África. Dezenas de homens armados invadiram a igreja no domingo pela manhã e abriram fogo contra os fiéis católicos. Em seguida, a igreja foi incendiada.
Fontes locais falam de 20 a 30 terroristas e nada se sabe sobre feridos. Segundo o prefeito Ousmane Zong, os terroristas também incendiaram outros edifícios e um hospital foi saqueado.
“Indivíduos armados invadiram a igreja católica. Eles abriram fogo, enquanto os fiéis tentavam fugir”, disse Zong à agência de notícias francesa AFP.
O ataque causou grande pânico na cidade. As pessoas se entrincheiraram em suas casas e as lojas foram fechadas.
Muçulmanos e cristãos
A maioria da pupulação de Burkina Faso é muçulmana, segundo dados oficiais de 2005, mais de 60% da população. Quase um quarto é cristã.
Devido à ameaça terrorista, desde dezembro foi decretado Estado de Emergência no Norte de do país, que faz fronteira com Mali. Mas desde então, a violência somente aumentou.
Nos últimos anos, os cristãos em Burkina Faso têm sido atormentados pelo terrorismo muçulmano, cometido por combatentes afiliados ao EI, Al Qaeda e Ansarul Islã. Estes grupos terroristas muçulmanos são os mesmos ativos em Mali.
Outros ataques
No mês passado, uma igreja protestante na cidade de Silgadji foi atacada, matando 6 pessoas. Quatro também foram mortos em um ataque a uma igreja católica em uma aldeia próxima. E alguns dias antes, 6 pessoas foram baleadas em uma escola na cidade de Maitaougou, incluindo 5 professores.
Nesta última quinta-feira (9), o exército francês em Burkina Faso pôs fim ao sequestro de 4 estrangeiros. Dois soldados foram mortos durante a missão de libertação. Os estrangeiros (2 franceses, 1 americano e 1 sul-coreano) permaneceram ilesos.
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