Daniel Atwood, um estudante rabínico gay que teve sua ordenação negada por um seminário liberal em Nova York foi recebido no rabinado de Jerusalém, quebrando um tabu de longa data contra a homossexualidade na comunidade ortodoxa.
Daniel Landes, um proeminente rabino americano-israelense, foi quem concedeu o semichah — termo hebraico para a ordenação — a Daniel Atwood, ao lado de um grupo de homens e mulheres no Teatro de Jerusalém na noite de domingo durante uma cerimônia com a participação de mais de 200 convidados.
Embora tenha havido um aumento significativo de empatia por judeus LGBT nos últimos anos dentro da comunidade ortodoxa, a inclusão raramente atingiu o nível de liderança comunitária, e o casamento entre pessoas do mesmo sexo é universalmente proibido. Atwood ficou noivo de outro homem no ano passado.
“Disseram-me há três anos que ordenar mulheres criaria o caos e os prejudicaria, às suas famílias e à aprendizagem da Torá. O oposto tem sido o caso”, declarou Landes aos participantes na cerimônia de ordenação. Até recentemente, Landes era o chefe de longa data do Instituto Pardes de Estudos Judaicos, em Jerusalém, disse aos participantes na cerimônia de ordenação.
“Aqui está a verdadeira questão. A Torá e o sistema haláchico são tão fracos e desprovidos de recursos que não podem ser desafiados por uma nova situação?” Citando o verso “A Torá é perfeita, restaurando a alma”, Landes disse que “a Torá somente é perfeita quando se restaura a alma. É para isso que precisamos trabalhar”.
Em 2006, Landes ordenou oito mulheres ortodoxas como rabinos em uma cerimônia. O programa de ordenação faz parte do Yashrut, uma organização que ele dirige que visa construir “o discurso civil através de uma teologia de integridade, justiça e tolerância”.
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