O governo cubano anunciou, nesta quinta-feira (13), a paralisação temporária de atividades escolares e profissionais que não sejam consideradas essenciais, como medida para enfrentar a crise energética que afeta o país.
A decisão foi comunicada pela ministra do Trabalho e Previdência Social, Marta Elena Feito Cabrera, que justificou a medida como uma forma de reduzir o consumo de eletricidade e minimizar os impactos sobre a população.
De acordo com a ministra, a suspensão ocorrerá nos dias 14 e 15 de fevereiro, tendo em vista a delicada situação energética vivida pela ilha. A União Elétrica Cubana (UNE), estatal responsável pelo setor, alertou que a sexta-feira (14) será “um dia complicado”, mas projeta uma possível melhora na prestação do serviço nos próximos dias.
Cuba já enfrentou diversos problemas severos com o fornecimento de energia nos últimos meses. Em dezembro de 2024, um colapso no Sistema Elétrico Nacional (SEN) causou um apagão em larga escala, deixando milhões de cubanos sem eletricidade. O país também registrou duas grandes falhas no fornecimento em outubro do mesmo ano.
A precariedade do sistema elétrico cubano não é recente. A infraestrutura, deteriorada por anos de falta de manutenção, tem apresentado falhas frequentes desde a década de 1990.
Como de costume, o governo atribui a crise às sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos. Em declarações anteriores, o ditador Miguel Díaz-Canel classificou os apagões como mais uma consequência do embargo norte-americano.