O governador republicano do Texas, Greg Abbott, afirmou nesta última sexta-feira (5) que seu governo começou a enviar imigrantes ilegais para a cidade Nova York depois de ter sido criticado pela condução da política de acolhimento aos recém-chegados.
Segundo o governador Abott, o prefeito de Nova York, Eric Adams, terá melhores condições para fornecer trabalho e moradia aos estrangeiros que estão irregulares no país.
“Além de Washington, a cidade de Nova York é o destino ideal para esses migrantes, que podem receber a abundância de serviços e moradias da cidade que o prefeito Eric Adams se gabou dentro da cidade santuário”, declarou o mandatário em comunicado à imprensa.
“Espero que ele cumpra sua promessa de receber todos os migrantes de braços abertos para que nossas cidades de fronteira invadidas e sobrecarregadas possam encontrar alívio”, acrescentou.
O governador do Arizona, Doug Ducey, outro republicano, seguiu o exemplo do colega e transportou outros mil imigrantes de ônibus para Washington, capital do país.
Abbott, que vai concorrer a um terceiro mandato em novembro, já enviou mais de 6 mil imigrantes a Washington desde abril em um esforço mais amplo para combater a imigração ilegal e como forma de pressionar o presidente Joe Biden por suas políticas consideradas mais acolhedoras.
“Ao transportar imigrantes de ônibus para Washington, DC, o Texas está enviando uma mensagem clara: não devemos arcar com o ônus da inação do governo federal para proteger a fronteira”, disse o governador em abril deste ano.
O porta-voz do prefeito de Nova York, Fabien Levy, foi às redes sociais para criticar a ação do texano e dizer que o “uso contínuo de seres humanos como peões políticos por Abbott é nojento”.
A prefeita de Washington, Muriel Bowser, pediu auxílio à Guarda Nacional de DC para ajudar o distrito a responder a um influxo de imigrantes ilegais que chegam de ônibus do Texas e do Arizona.
“Com essas promessas do Texas e do Arizona de continuar essas operações abomináveis indefinidamente, a situação é terrível e consideramos isso uma crise humanitária – que poderia sobrecarregar nossa rede de apoio social sem intervenção federal imediata e sustentada”, afirmou Bowser.