Filhos de combatentes do Estado Islâmico e suas noivas em campos de refugiados na Síria podem representar uma grave ameaça para o Ocidente. Uma dessas crianças disse a um repórter britânico da Sky News: “Vamos matá-lo”.
“Em árabe, ele primeiro citou um verso do Alcorão: ‘Alá diz: ‘Volte-se para Alá com sincero arrependimento, na esperança de que seu Senhor o remova de seus males’”, disse o correspondente da Sky News, Mark Stone, de um encontro com um “pequeno” jihadista no campo de refugiados de Al Hol, na Síria, que abriga cerca de 70.000 mulheres e crianças do Estado Islâmico, das quais 10.000 são estrangeiras.
“Ele estava nos pedindo para nos arrependermos dos nossos pecados”, continuou Stone.
“E então, calmamente, ele disse: ‘Nós vamos matar você. Nós vamos matá-lo’.”
Assista ao vídeo completo da reportagem de Mark Stone, da Sky News, sobre as crianças do califado.
Repatriação
Muitos países ocidentais estão atualmente buscando repatriar crianças, nascidas no califado despedaçado, de mulheres que possuem (ou mantêm) cidadania nos países ocidentais.
“As mulheres vestidas de preto do Estado Islâmico são os ‘únicos guias’ para essas crianças e elas afirmam representar a forma mais pura do Islã”, relatou Stone.
Algumas dessa mulheres que falaram com Stone defenderam as atrocidades do califado, como decapitar prisioneiros e queimar pessoas vivas, alegando que “é o que diz o Alcorão“.
Enquanto as últimas fortalezas territoriais do Estado Islâmico estavam sendo evacuadas, foi relatado que algumas noivas jihadistas evacuadas fizeram declarações abertamente, como “Meu filho se tornará jihadista” e “Espero que o califado islâmico volte e se espalhe por todos os cantos do mundo”, entre outras declarações ameaçadoras.
A posição dos esquerdistas liberais do mundo ocidental sobre essas mulheres é bastante indulgente. Todos afirmam que elas não podem ser retiradas de sua cidadania, apesar de terem desertado para um poder hostil no exterior, a menos que sejam cidadãs com dupla cidadania ou elegibilidade para cidadania em outros lugares – e alguns argumentam que não deveriam ser de modo algum despojadas de sua cidadania.
Apesar dos riscos claros representados por seus filhos, parece haver um amplo consenso entre a classe política liberal esquerdista no ocidente de que os filhos do Estado Islâmico definitivamente devem ser repatriados.