O Ministério da Unificação da Coreia do Sul divulgou um relatório sobre os direitos humanos na Coreia do Norte referente ao ano de 2024. O documento destaca o caso de um jovem de 22 anos, cujo nome não foi revelado, que foi executado pelo regime de Kim Jong-un por ouvir e compartilhar músicas e filmes sul-coreanos.
A ditadura norte-coreana condenou o jovem por ouvir 70 músicas de k-pop e assistir a três filmes, além de distribuir o material.
O relatório também aborda as tentativas do regime de restringir a entrada de informações e culturas de outros países. Entre as proibições estão punições para noivas que usam vestidos brancos ou são carregadas pelos noivos.
Além disso, o regime proíbe o uso de óculos de sol e o consumo de álcool em taças, todos considerados costumes sul-coreanos.
“A velocidade com que a cultura sul-coreana influencia a Coreia do Norte é muito rápida”, disse uma norte-coreana, cujo nome não foi revelado, ao jornal britânico The Guardian. “Os jovens seguem e copiam a cultura sul-coreana e adoram tudo o que é daquele país.”
Os policiais norte-coreanos revisam frequentemente os celulares dos cidadãos, verificando nomes e expressões associadas a costumes do país vizinho. Os jovens são os principais alvos desse controle.
Censura de calça jeans
Em março, a emissora estatal de televisão da Coreia do Norte (KCTV) desfocou a imagem da calça jeans do apresentador britânico Alan Titchmarsh devido à proibição da entrada de outras culturas no país.
Durante o programa de jardinagem Garden Secrets, Titchmarsh ajoelhou-se em um canteiro de flores. Naquele momento, a metade inferior do seu corpo foi desfocada pela edição.