O Conselho de Supervisão do Facebook decidiu, na quarta-feira (5), que continuará a banir o ex-presidente Donald Trump das redes sociais Facebook e Instagram.
Por enquanto, a determinação proibirá o ex-mandatário de exercer sua liberdade de expressão com postagens nessas plataformas. O colegiado reconheceu, no entanto, que “não era apropriado que o Facebook impusesse a pena sem um padrão e por tempo indeterminado.”
O bloqueio iniciou em 6 de janeiro, quando ocorreu a invasão ao Capitólio. O CEO da empresa, Mark Zuckerberg, alegou que “os riscos de permitir que o presidente continuasse a usar o serviço da rede social durante aquele período eram simplesmente grandes demais”.
Apesar da decisão favorável de manter o veto, o Conselho deverá rever o assunto novamente daqui a seis meses.
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A notícia chega um dia depois de o ex-presidente anunciar uma nova ferramenta online que permitirá a comunicação direta com seus apoiadores.
A plataforma ‘From the Desk of Donald J. Trump‘ já está disponível. Trump também tem planos para criar uma plataforma de mídia social em breve. Ele já havia dito no início deste ano que voltaria às redes sociais, mas em sua própria plataforma, sem depender das Big Techs.
“Temos negociado com vários outros sites e teremos um grande anúncio em breve, enquanto também olhamos para as possibilidades de construir nossa própria plataforma em um futuro próximo”, declarou Trump. “Nós não seremos silenciados!”, acrescentou.
O conselheiro sênior Jason Miller tuitou na terça-feira (4) que a estreia do novo site é apenas o primeiro passo para o retorno online do líder republicano.
“O site do presidente Trump é um ótimo recurso para encontrar suas últimas declarações e destaques de seu primeiro mandato, mas esta não é uma nova plataforma de mídia social. Teremos informações adicionais sobre essa frente em um futuro muito próximo”, escreveu.
🚨President Trump’s website is a great resource to find his latest statements and highlights from his first term in office, but this is not a new social media platform. We’ll have additional information coming on that front in the very near future.🚨 https://t.co/m9ymmHofmI
— Jason Miller (@JasonMillerinDC) May 4, 2021
Enquanto isso, o senador republicano do Missouri, Josh Hawley, disse à CBN News que dar a uma empresa como o Facebook o poder de silenciar um presidente em exercício dos Estados Unidos, como aconteceu em 6 de janeiro, é uma ameaça à liberdade de expressão e destaca a necessidade de regulamentação por parte do Parlamento americano.
“Eu acho que é realmente uma situação triste quando a liberdade de expressão na América depende dos caprichos de uma corporação monopolista”, disse o congressista. “E é isso que está acontecendo aqui. Este não é um tribunal, vamos ser claros, este não é um tribunal tomando uma decisão – este é um Conselho do Facebook”, criticou.
Além de Facebook e Instagram, as redes sociais Twitter e Snapchat também baniram Donald Trump de suas plataformas.