Imagem: Mariana Bazo/Reuters
Nesta última sexta-feira (20), o Congresso do Peru votou por unanimidade e sem oposição a expulsão de 7 membros do Conselho Nacional da Magistratura, entidade que escolhe juízes e os responsabiliza por suas ações. A votação ocorreu em resposta a um escândalo de corrupção que abalou o país.
Os envolvidos são Hebert Marcelo Cubas, Baltazar Morales, Maritza Aragón, Orlando Velásquez, Ivan Noguera, Guido Águila e Julio Gutiérrez Pebe.
A sessão extraordinária foi convocada pelo presidente Martin Vizcarra, após um escândalo envolvendo gravações secretas de telefone que capturou vários juízes fazendo diversos acordos ilegais e até mesmo promoções para sentenças penais.
Tudo começou com escutas telefônicas ordenadas à polícia por um juiz no âmbito de uma investigação a uma organização dedicada ao tráfico de drogas. Os grampos expuseram os contatos legais dessa organização para garantir a impunidade.. Os áudios vazaram para a imprensa e a crise estourou.
Vizcarra afirmou que “a remoção dos membros do CNM é um passo fundamental para reformar o sistema judicial”.
No Twitter, ele saudou a posição do Congresso. “Agora vamos seguir trabalhando para devolver a todos os peruanos a confiança em suas instituições”, afirmou.
Ao longo da última semana, diversos protestos foram organizados. Nas ruas, a população gritava: “Judiciário, vergonha nacional”.