Os congressistas norte-americanos que estão se mobilizando para revogar o visto dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil foram reeleitos para um novo mandato.
O documento, encaminhado ao secretário de Estado Antony Blinken, menciona Alexandre de Moraes e os demais ministros como “cúmplices de práticas antidemocráticas”.
O projeto de lei, apresentado pela deputada Maria Salazar, sugere que autoridades envolvidas em censura de cidadãos sejam impedidas de obter vistos para os EUA. Entre os congressistas que assinaram o pedido estão: senador Rick Scott (Flórida); deputada Maria Salazar (Flórida); deputado Carlos Giménez (Flórida); deputado Rich McCormick (Georgia) e deputado Chris Smith (Nova Jersey).
Na ação, eles manifestam “profunda preocupação com a supressão alarmante da liberdade de expressão orquestrada pela Suprema Corte brasileira sob a liderança de Alexandre de Moraes” e defendem que é “do interesse da segurança nacional dos EUA” impedir a entrada de visitantes que, segundo eles, estariam comprometendo processos e instituições democráticas. “Moraes e seus pares do STF estão fazendo exatamente isso”, escreveram.
A proposta, chamada de “Sem censuradores nas nossas praias”, estabelece que estrangeiros responsáveis por atos que violem a 1ª Emenda da Constituição dos EUA – que garante a liberdade de expressão – terão sua entrada no país proibida. Em uma sessão de maio deste ano, Maria Salazar referiu-se a Alexandre de Moraes como “tolo” e questionou se ele era um “tolo útil para os socialistas”, mas afirmou que ele estava “cerceando um dos direitos fundamentais de uma democracia”.