O ditador da Síria, Bashar al-Assad, conquistou seu quarto mandato com 95,1% dos votos, em uma eleição que irá aumentar ainda mais seu tempo no comando de um país arruinado pela guerra. Adversários e a oposição alegam que o pleito foi marcado por fraudes.
O governo de Assad, por sua vez, garante que a eleição mostra que a Síria está “funcionando normalmente”, mesmo depois de uma década de conflitos que mataram centenas de milhares e tiraram 11 milhões de pessoas – cerca de metade da população – de suas casas.
O chefe do Parlamento, Hammouda Sabbagh, anunciou o resultado em entrevista coletiva nesta última quinta-feira (27), dizendo que o nível de comparecimento às urnas foi de 78%.
A vitória garante a Assad mais sete anos de governo e alonga a permanência de sua família no poder, por quase seis décadas. Seu pai, Hafez al-Assad, liderou a Síria por 30 anos, até a morte em 2000.
Os anos de Assad na Presidência são marcados pelo conflito que começou em 2011, com protestos pacíficos antes de sair do controle e se tornar multilateral fragmentando o país.