A empresa Coca-Cola, segundo o jornal estadunidense New York Post, realizou um seminário interno entre funcionários que promoveu uma discussão para que eles fossem ‘menos brancos’.
O curso ‘Confrontando o Racismo’ foi oferecido pelo LinkedIn Education e fez parte de um suposto treinamento de diversidade da empresa de refrigerantes.
“Nos Estados Unidos e em outras nações ocidentais, os brancos são socializados para se sentirem inerentemente superiores por serem brancos”, diz um dos supostos slides, que teria sido enviado por um denunciante interno e veiculado no Twitter pelo comentarista do YouTube Karlyn Borysenko.
Outro slide sugere ‘tente ser menos branco’ com dicas que incluem ‘ser menos opressor’, ‘ouvir’, ‘acreditar’ e ‘romper com a solidariedade branca’.
A repercussão
Diante da polêmica sobre caso, o LinkedIn, assegurou que havia adotado o curso apresentando entrevistas com o sociólogo Robin DiAngelo, autor de “Fragilidade Branca”.
“O curso Confronting Racism com Robin DiAngelo não está mais disponível em nossa biblioteca de cursos, a pedido do provedor de conteúdo terceirizado do qual licenciamos esse conteúdo”, disse Nicole Leverich, vice-presidente de comunicações corporativas.
DiAngelo, por sua vez, garantiu que não sabia dessa veiculação no curso.
“Os slides incluídos não foram criados pelo Dr. DiAngelo”, disse seu representante, Caitlin Meyer.
Não houve, segundo ele, conhecimento de que “os vídeos haviam sido reeditados dessa forma, ou que estavam sendo comercializados como um curso/ treinamento sobre antirracismo, já que a forma como o conteúdo foi elaborado não representava com precisão a forma como facilitaria esse tipo de trabalho”, conclui a nota.
Sem nenhum posicionamento, até então, a Coca-Cola quebrou o silêncio diante da repercussão negativa.
A empresa de bebidas confirmou a realização do seminário, mas negou que o treinamento fosse obrigatório para os funcionários, informou a Newsweek.
Contudo, Borysenko garantiu ao canal que vários funcionários disseram que era, de fato, obrigatório.
Além disso, a corporação relatou que o curso ‘não fazia parte do currículo da empresa’.
“Continuaremos a ouvir nossos funcionários e a refinar nossos programas de aprendizagem conforme apropriado”, disse a Coca-Cola.