Durou pouco a aparência de polidez entre os Estados Unidos e a China, ensaiada na recente reunião entre Joe Biden e Xi Jinping por videoconferência.
Depois de a Casa Branca ter inscrito uma dúzia de empresas chinesas na sua lista negra comercial, Pequim deixou um aviso nesta quinta-feira (25): reserva-se o direito de responder à altura.
As críticas do país comunista ao mais recente pacote de sanções dos EUA não tardaram. A Embaixada da China em Washington acusou o governo Biden de “abusar do poder do Estado para suprimir e restringir empresas chinesas por todos os meios possíveis”.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Zhao Lijian, garantiu que o regime asiático dará todos os passos necessários para defender as suas corporações, reservando-se o direito de aplicar contramedidas.
As últimas sanções norte-americanas não são alheias à crescente tensão entre os dois países a propósito do estatuto de Taiwan. Essa foi a questão mais tensa na recente conversa online entre os dois líderes.
Ao todo, a administração Biden acrescentou 27 entidades à sua lista negra comercial, mas nem todas com sede na China. Há também nomes do Japão, do Paquistão e de Singapura.
Washington alega que as entidades paquistanesas e chinesas foram adicionadas à lista do Departamento de Comércio por terem contribuído para o programa de mísseis balísticos e demais atividades nucleares de Islamabad.
Em comunicado, a secretária do Comércio, Gina Raimondo, sustenta que a atualização da lista visa sobretudo proteger as tecnologias dos EUA face ao desenvolvimento, por parte de chineses e russos, de “avanços militares”.