Lai Xiaomin, ex-presidente de um dos maiores conglomerados financeiros da China, foi condenado nesta terça-feira (5) à pena de morte.
Ele é acusado de ‘corrupção e bigamia’, segundo a Justiça do país comunista.
Ex-presidente do China Huarong, ele foi considerado culpado de ter recebido 260 milhões de dólares em subornos.
Os valores são “muito elevados e as circunstâncias particularmente graves, com uma clara intenção de delinquir”, afirma no veredicto o tribunal de Tianjin (norte).
Lai Xiaomin também foi condenado por bigamia por ter “vivido durante muito tempo com outras mulheres”.
A China afirma ter iniciado uma grande campanha anticorrupção desde 2012, depois que o presidente Xi Jinping se tornou o líder do Partido Comunista (PCC). Contudo, as ações desde então têm sido alvo de questionamentos, uma vez que o país asiático tem sido acusado de perseguidor a quem se opõe ao governo ou faz críticas diretas ou indiretas ao sistema político, social e/ou da China.
Desde então, mais de 1,5 milhão de dirigentes do PCC foram punidos.
Conforme já registrou o Conexão Política no ano passado, mais de 300 ONGs solicitaram à Organização das Nações Unidas (ONU) que estabeleça um mecanismo internacional para investigar as violações dos direitos humanos no país.
Em carta aberta, as autoridades exigiram aos mais altos escalões da organização “que ajam de forma decisiva”.
Eles também denunciam “as violações em massa de direitos humanos cometidas pela China em Hong Kong, no Tibete e em Xinjiang, a supressão de informações no contexto da pandemia Covid-19, bem como ataques contra defensores de direitos, jornalistas, advogados e críticos do governo em todo país”.
Essas ONGs, originárias de mais de 60 países, também acusam a China de praticar intensos ataques contra defensores dos direitos humanos no exterior, além de reprimir a liberdade intelectual fora de seu território e realizar diversas investidas para censurar a Internet.