As tensões em Hong Kong aumentaram depois que o regime comunista da China aprovou uma nova lei controversa de “segurança nacional”, que entrou em vigor nesta quarta-feira (1/7). A nova lei já levou a centenas de prisões e ao envio de tropas de choque para reprimirem os que lutam para manter a independência da ilha e os direitos fundamentais dos cidadãos como a liberdade de expressão.
A medida efetivamente retira dos residentes de Hong Kong sua liberdade de expressão e direito legal de criticar o governo ditatorial do Partido Comunista Chinês. Na quarta-feira (1), no entanto, a nova lei não impediu que milhares fossem às ruas para protestar, arriscando a prisão perpétua.
A nova lei pune crimes de secessão, subversão, terrorismo ou conluio com forças estrangeiras com prisão perpétua.
A polícia usou canhões de água para dispersar a multidão de manifestantes e prendeu mais de trezentas pessoas no 23º aniversário da transferência da Grã-Bretanha para a China – data geralmente marcada no território por protestos pró-democracia e contra o regime comunista chinês.
“Ontem, o Partido Comunista Chinês implementou sua lei de segurança nacional draconiana em Hong Kong, violando os compromissos que assumiu com o povo de Hong Kong e com o Reino Unido, em um tratado registrado pela ONU – e em violação aos direitos humanos e às liberdades fundamentais de Hong Kong”, disse o Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (1). “As forças de segurança já estão prendendo pessoas de Hong Kong por ousarem falar e pensar livremente. O Estado de direito foi destruído. E, como sempre, o Partido Comunista Chinês teme seu próprio povo mais do que qualquer outra coisa.”
Pompeo criticou o governo chinês por transformar Hong Kong, uma vez livre, em outra cidade governada por comunistas.
“Hong Kong livre era uma das cidades mais estáveis, prósperas e dinâmicas do mundo”, continuou Pompeo. “Agora, será apenas mais uma cidade governada por comunistas, onde seu povo estará sujeito aos caprichos da elite do partido. É triste.”
Em resposta à repressão do governo comunista chinês a Hong Kong, Pompeo disse que os EUA estão implementando restrições de visto às autoridades chinesas responsáveis por derrubar as liberdades de longa data dos residentes de Hong Kong.
A Grã-Bretanha também anunciou na quarta-feira (1) que estenderá os direitos de residência a até 3 milhões de residentes de Hong Kong elegíveis para o passaporte nacional britânico no exterior, em um esforço para manter seu dever histórico com a ex-colônia britânica.