O cenário político do Equador foi abalado por uma trágica reviravolta nesta quarta-feira, 9, quando Fernando Villavicencio, candidato à Presidência pelo Movimento Construir, teve sua vida abruptamente ceifada em Quito, a capital do país.
A violência se desenrolou enquanto ele se retirava de um comício político no Anderson College, sendo alvo de tiros que ecoaram por toda a região. Sua morte ocorre em um contexto em que o país enfrenta a influência preponderante do narcotráfico.
Eleitores e simpatizantes de Villavicencio, bem como aliados, já levantam a possibilidade de que seu assassinato seja um desdobramento ligado às suas iniciativas de combate à corrupção e organizações criminosas.
Tanto o Ministério do Interior quanto o presidente Guillermo Lasso confirmaram o ataque contra o postulante. As imagens do assassinato se espalharam rapidamente pela internet. Em um dos trechos, é o possível ver o momento em que Villavicencio e sua comitiva deixavam o Anderson College e, ao entrar em um veiculo, foi alvejado por diversos disparos.
Villavicencio desfrutava de uma posição proeminente entre os principais candidatos à Presidência equatoriana, com pesquisas de opinião o colocando em posições que variavam entre o segundo e o quinto lugar.
A recente pesquisa da Cedatos, uma empresa de pesquisa aprovada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador, mostrou Villavicencio na segunda posição, conquistando 13,2% das intenções de voto. Essa colocação o deixava apenas atrás de Gonzáles, com 26,6%, e à frente de Pérez, com 12,5%, e Sonnenholzner, com 7,5%.
A contagem regressiva para as eleições estava em andamento, com a data marcada para o próximo dia 20, após uma decisão do presidente Lasso. A medida resultou na dissolução da Assembleia Nacional e em uma redução no tempo de seu próprio mandato.