Com a escalada de tensão entre Israel e Líbano, e a ameaça de um conflito iminente, a embaixada brasileira no Líbano atualizou seu “plano de contingência”.
Mais de 20 mil brasileiros estão atualmente registrados na região. O Itamaraty, segundo o portal R7, recomendou evitar viagens ao Líbano e emitiu orientações específicas para os brasileiros que se encontram no país.
“Aos cidadãos brasileiros que não considerem imprescindível a permanência no Líbano, a embaixada recomenda considerar a precaução de deixar o país até que este retorne à normalidade.” Para aqueles que precisam permanecer, a recomendação é evitar a região sul e áreas fronteiriças.
O chefe da ajuda humanitária da ONU expressou preocupação com a possibilidade de um novo conflito no Oriente Médio: “Vejo isso como um ponto crítico… É potencialmente apocalíptico.”
O secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, alertou: “Outra guerra entre Israel e o Hezbollah poderia facilmente tornar-se uma guerra regional, com consequências terríveis para o Oriente Médio.”
Diferente do conflito Rússia-Ucrânia, a tensão atual envolve Israel e o grupo Hezbollah, que controla o sul do Líbano. As trocas de acusações e ameaças são frequentes, com o Hezbollah visando à extinção do Estado de Israel. O governo do Canadá recomendou aos seus 45 mil cidadãos na região que deixem o Líbano.
Enquanto isso, a Turquia criticou o governo israelense. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou Israel de “colocar os olhos no Líbano” e de querer “espalhar a guerra na região”, com o apoio de potências ocidentais.
Em resposta às críticas, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, disse: “Fique quieto e tenha vergonha.” Katz ainda acusou Erdogan de ser “um criminoso de guerra que massacra curdos inocentes.”
Josep Borrell, chefe de política externa da União Europeia, comentou sobre a situação: “Acho que, infelizmente, estamos às vésperas da expansão da guerra”, ponderou. “Que a diplomacia prevaleça.”