O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o libertário argentino Javier Milei comemoraram a vitória da direita nas eleições para o Parlamento Europeu neste domingo (9). De acordo com projeções, partidos de direita e centro-direita conquistaram mais força nos 27 países membros da União Europeia.
Bolsonaro expressou satisfação com os resultados, afirmando que “a Europa mostra que a vontade popular prevalece sem determinadas intromissões e logo mais se repetirão em outras partes do mundo”. Ele criticou o establishment por, segundo ele, disseminar “fake news” para silenciar vozes contrárias e destacou que “a vitória do povo mostra que as agendas impostas pelo sistema não estão satisfazendo sua vontade”.
Milei, por sua vez, celebrou o que chamou de “tremendo avanço das novas direitas na Europa”, descrevendo os resultados como “grandes notícias do Velho Continente”.
Ele mencionou sua participação no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, em janeiro deste ano, destacando que o evento estava “contaminado pela agenda socialista”. Bolsonaro defendeu o capitalismo como a “única ferramenta” eficaz para erradicar a fome, a pobreza e a miséria.
“Revejam aqueles que atacaram veementemente o nosso discurso e aí encontrarão os representantes na Argentina dessa agenda desastrosa que hoje sofreu uma enorme derrota”, ressaltou.
Milei criticou a Agenda 2030 da ONU, que busca promover o desenvolvimento sustentável, a paz mundial, a justiça e o fortalecimento das instituições, descrevendo-a como uma “agenda desumana concebida por burocratas, em benefício dos burocratas”.
Ele mencionou também a recuperação dos valores que considera fundamentais para o Ocidente, como a “defesa da vida, da liberdade e da propriedade dos indivíduos”..
As eleições do Parlamento Europeu viram um aumento significativo na representação da direita. O Partido Popular Europeu (PPE), liderado por Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, manteve-se como a maior bancada, conquistando 13 novas cadeiras e totalizando 189 deputados.
Outros grupos nacionalistas, como Identidade e Democracia e os Reformistas e Conservadores Europeus, também ganharam terreno, resultando em um total de 402 deputados de direita e centro-direita em um parlamento de 720 cadeiras, representando 56% de domínio. Anteriormente, esses grupos somavam 396 deputados.