O terrorista italiano Cesare Battisti, durante interrogatório feito na prisão pelo procurador Alberto Nobili, admitiu envolvimento em quatro assassinatos, de acordo com informações publicadas na imprensa italiana nesta segunda-feira (25).
“Eu falo das minhas responsabilidades, não vou nomear ninguém. Quando matei foi uma guerra justa para mim”, teria afirmado Battisti a Nobili.
O terrorista, que integrou o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, se dizia vítima de perseguição política por suas posições de esquerda, negando envolvimento nos assassinatos.
De acordo com o jornal Corriere della Sera, o procurador-geral de Milão, Francesco Greco, afirmou que ele admitiu “suas responsabilidades” em quatro assassinatos, no ferimento de três pessoas e em muitos roubos feitos pela formação terrorista que integrava nos anos 70.
Battisti cumpre prisão perpétua na prisão de Oristano, tendo sido condenado em 1993 por quatro assassinatos: o de um guarda carcerário, um agente de polícia, um militante neofascista e um joalheiro de Milão.
Por quase 40 anos, O italiano ficou foragido por quase 40 anos, morando na França e no Brasil, onde conseguiu refúgio em 2009, no governo Lula. No ano passado, o então presidente Michel Temer reviu o status de Battisti, autorizando sua extradição após o presidente eleito Jair Bolsonaro prometer a extradição do terrorista para a Itália.