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Jovens refugiados foram responsabilizados nesta quarta-feira pela maior parte de um aumento de crimes violentos na Alemanha, alimentando o debate político do país sobre imigrantes.
Crimes violentos no país subiram cerca de 10 por cento em 2015 e 2016, indicou um estudo, que atribuiu mais de 90 por cento dessas ocorrências a rapazes refugiados.
O levantamento observou, entretanto, que imigrantes de países abalados por guerras, como a Síria, tem muito menos probabilidade de cometer um crime violento do que aqueles de outros lugares, que provavelmente não conseguirão asilo.
A imigração será uma questão chave nas iminentes conversas de coalizão entre os conservadores da chanceler alemã, Angela Merkel, e o Partido Social-Democrata (SPD), de centro-esquerda. A chegada de mais de um milhão de imigrantes desde meados de 2015 prejudicou as duas legendas na eleição de setembro.
O estudo patrocinado pelo governo mostrou um salto nos crimes violentos cometidos por imigrantes homens com idade entre 14 e 30 anos.
Christian Pfeiffer, um especialista em criminologia e um dos pesquisadores do estudo, disse à rádio Deutschlandfunk que há grandes diferenças entre vários grupos de refugiados, dependendo de onde eles vem e de quão grande são suas chances de permanecer e conquistar um status legal na Alemanha.
Solicitantes de asilo que são vistos como refugiados de guerra têm relativamente mais chances de permanecer na Alemanha e por isso tendem a evitar problemas, indicou o estudo.