O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, anunciou seus planos de privatização durante uma série de entrevistas a rádios argentinas, delineando as primeiras medidas de seu governo após a vitória nas eleições de domingo. Milei afirmou sua intenção de privatizar a empresa estatal de petróleo YPF, as empresas públicas de comunicação do país e reiterou seu compromisso de fechar o Banco Central.
Em suas declarações, Milei enfatizou a busca por uma maior presença do setor privado, assegurando que “o que puder” será transferido para as mãos do setor privado. Ele começou a esboçar a formação de seu futuro Gabinete de governo.
A YPF, empresa estatal de exploração e refino de petróleo e gás natural, foi destacada por Milei como alvo prioritário de privatização. Ele argumentou que seria necessário “reconstruir” a empresa, recuperando seu valor após anos de deterioração. Milei expressou a intenção de racionalizar as estruturas da YPF e da Enarsa, outra empresa do setor, para criar valor e, posteriormente, vendê-las de maneira benéfica para os argentinos.
Além disso, o presidente eleito criticou a TV Pública argentina, acusando-a de ter se transformado em um “mecanismo de propaganda” durante o governo peronista.
Milei revelou ainda seu plano de privatizar a emissora, destacando a necessidade de afastar-se das práticas de um “ministério da propaganda”. Ele fez questão de dizer que a TV Pública veiculou informações negativas e caluniosas sobre seu lado político, sob estratégias baseadas no medo e desinformação.