O ano de 2023 marcou duas grandes vitórias para a direita conservadora-libertária na América do Sul: Santiago Peña, no Paraguai, e Javier Milei, na Argentina. Os dois alcançaram a presidência de seus respectivos países com votações expressivas. Peña, com 15% de diferença para o esquerdista Efraín Alegre, enquanto Milei cravou 11% de diferença para o esquerdista Sergio Massa.
Neste ano, o mundo terá mais de 50 eleições ao redor do mundo, como já mostrou o Conexão Política. O calendário, que teve início com a eleição legislativa em Bangladesh em 7 de janeiro, já registrou outros pleitos em nações como Butão, Taiwan e Comores nas primeiras semanas deste mês.
A próxima nação a entrar nas urnas será Tuvalu, em 26 de janeiro, e as demais datas se estenderão até dezembro. Entre os pleitos previstos, 46 definirão os chefes do Executivo, sendo 30 para presidente e 16 para primeiro-ministro. Além disso, algumas eleições são voltadas para cargos de presidente com funções cerimoniais. Na extensa lista, o Brasil é o único país com eleições exclusivamente municipais em 2024.
Depois da onda direitista no Paraguai e na Argentina, o ‘efeito cascata’ deve acontecer também em outras nações, como Estados Unidos, El Salvador e países da Europa. Messes dois primeiros, Donald Trump e Nayib Bukele, respectivamente, são os grandes nomes dos pleitos.
Em paralelo, de 6 a 9 de junho, ocorrerá o maior pleito transfronteiriço do mundo, com as eleições do plenário do Parlamento Europeu. Ao todo, mais de 400 milhões de eleitores devem ir às urnas.
No eixo europeu, a direita tem sido apontada como a principal força política em mais de um terço dos países do bloco. Por lá, analisas têm dito que a votação pode se materializar, na prática, em um referendo em favor ou contra a União Europeia.