Após um ataque que matou ao menos 21 pessoas nos Estados Unidos nesta última terça-feira (24), o presidente Joe Biden realizou um discurso incisivo contra as armas em seu país.
Historicamente desarmamentista, o mandatário voltou a defender restrições ao direito de os cidadãos portarem armas em solo americano.
“Sabemos que há tragédias, mas precisamos lidar com o banimento dessas armas”, declarou.
Biden direcionou críticas ao que chamou de “indústria bélica”, dizendo que “fabricantes de armas trabalham para lucrar ainda mais e vem sendo assim nos últimos 20 anos”.
Segundo ele, os americanos precisam “se erguer contra esse setor”. Em sua fala, o democrata afirmou estar “exausto” contra o “lobby das armas”. “Não me diga que não podemos ter um impacto nessa carnificina”, disse.
Ao finalizar seu discurso, pediu orações pelas vítimas. “Que Deus abençoe as almas inocentes que hoje partiram, neste dia trágico. Que Deus aqueça o coração daqueles que sofrem no momento, porque eles precisarão de muita ajuda e muita de nossas orações”.
O crime
Um homem de 18 anos, identificado como Salvador Ramos, foi morto a tiros depois de invadir uma escola de ensino fundamental em Uvalde, no estado do Texas.
O criminoso matou 19 crianças e 2 adultos durante a ação. O Departamento de Segurança Pública do Texas informou que antes de ir ao colégio, o atirador disparou contra sua avó, que está em estado grave.
Por volta do meio-dia, ele dirigiu até a escola e invadiu o recinto com uma pistola, um rifle e um colete à prova de balas, onde realizou o massacre.
A escola conta com mais de 500 estudantes, sendo quase 90% deles hispânicos de famílias com recursos econômicos modestos.
De acordo com agência Associated Press (AP), um oficial da Patrulha de Fronteira dos EUA que estava nas proximidades entrou na escola, atirou e matou o atirador, que estava atrás de uma barricada.