Com 3,3 milhões de abortos somente neste ano, o número global já supera as principais causas de mortes em janeiro de 2020.
O número é tão alto que já ultrapassa os casos de morte por conta da Covid-19, que desde o início da pandemia já matou mais 2,1 milhões de pessoas.
Segundo aponta o serviço de rastreamento, as mortes causadas por aborto já é maior do que as principais causas de mortes no mundo: doenças transmissíveis, câncer, fumo e álcool, entre outras.
Os dados são do ‘Worldometer‘, organização que se dedica em monitorar os números sobre a Saúde global.
O instituto faz estatísticas em tempo real e abrange diversos assuntos, com base em dados da OMS, da Organização das Nações Unidas (ONU), Fundo Monetário Internacional (FMI), entre outras.
Aborto no Brasil
No Brasil, o aborto induzido é considerado crime contra a vida humana previsto pelo Código Penal Brasileiro desde 1984.
Realizar um aborto induzido pode acarretar em detenção de um a três anos para a mãe que praticar o aborto ou que dê qualquer tipo de autorização para que outra pessoa o cometa. Neste último caso, a pessoa que realizou o procedimento pode pegar de um a quatro anos de prisão. Sem o consentimento da mãe, a pessoa que o provocou pode pegar até dez anos de reclusão.
O aborto só não é qualificado como crime em três situações:
1) Quando a gravidez representa risco de vida para a gestante.
2) Quando a gravidez é o resultado de um estupro.
3) Quando o feto for anencefálico, ou seja, não possuir cérebro. Esse último item foi julgado pelo STF em 2012 e declarado como parto antecipado com fins terapêuticos.