A um dia das eleições presidenciais nos Estados Unidos, uma pesquisa da AtlasIntel aponta Donald Trump como o líder nos sete principais swing states, apontando chances reais de retorno do ex-presidente à Casa Branca. Os estados, conhecidos por sua volatilidade, são fundamentais para definir o resultado eleitoral, e Trump apresenta uma vantagem média de 3,2 pontos percentuais sobre Kamala Harris.
A vantagem de Trump é notável no Arizona (6,5 pontos), Nevada (5,5 pontos) e Carolina do Norte (3,4 pontos), enquanto na Geórgia ele mantém uma liderança de 2,5 pontos. Mesmo em estados onde a disputa é acirrada, como Pensilvânia, Michigan e Wisconsin, ele permanece à frente, embora por margens menores.
Um dado que chama a atenção é o crescimento de Trump entre grupos tradicionalmente alinhados aos democratas. No Arizona e Nevada, ele lidera entre os eleitores hispânicos com 51,4% e 49,5% dos votos, respectivamente. Ainda mais surpreendente é o apoio entre eleitores negros em Wisconsin, onde Trump tem 64,8% das intenções de voto. Esse avanço em comunidades minoritárias é um indicador de mudanças em questões econômicas e de segurança, temas-chave da campanha republicana.
Outro aspecto relevante é o perfil dos eleitores suburbanos, que formam uma parcela decisiva nos swing states. Com mais de 50% dos eleitores dessas regiões nos estados analisados, o voto suburbano, que tende a oscilar entre candidatos democratas e republicanos, pode selar o resultado da eleição. Nas áreas urbanas, Harris lidera, enquanto Trump domina em zonas rurais, com os subúrbios como o “campo de batalha” que inclina a balança.
Em nível nacional, Trump também está ligeiramente à frente de Harris, com uma diferença de 1,8 ponto percentual. O contraste é significativo se comparado a 2020, quando Biden liderava na mesma época por 7,2 pontos, e a 2016, quando Hillary Clinton tinha uma vantagem de 1,8 ponto. A inversão sugere um desgaste da agenda democrata em áreas como economia e segurança, temas que afetam diretamente o cotidiano dos eleitores.
Apesar de Kamala Harris ainda ter leve vantagem entre mulheres e a maioria do voto latino e negro nacionalmente, as perdas em alguns estados críticos sugerem um redirecionamento do cenário eleitoral.