O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou que serão cortados mais 15 mil funcionários públicos ligados ao governo federal neste mês de março. Logo após o informativo, seu porta-voz, Manuel Adorni, esclareceu que, ‘por enquanto’, serão dispensados esses 15 mil funcionários cujos contratos vencem no próximo domingo (31) e não serão renovados.
Adorni explicou durante sua entrevista coletiva diária nesta quarta-feira (27) que o número mencionado pelo presidente é parcial, e que o total de postos de trabalho temporários em análise pelo governo como parte do ‘plano motosserra’, que tem o objetivo de reduzir os gastos públicos, eliminar o déficit e conter a inflação, pode ultrapassar os 70 mil.
Em dezembro, a Casa Rosada já havia anunciado o corte de outros 5 mil servidores temporários cujos contratos venciam naquele mês, afirmando que o restante seria revisado nos três meses seguintes. Agora, a gestão decidiu cortar mais 15 mil e renovar o restante por seis meses para continuar as avaliações.
Paralelamente aos cortes nas despesas, o direitista conta com uma alta popularidade para implementar seus ajustes, porém, as medidas enfrentam forte resistência por parte da extrema direita, que alega a manutenção dos chamados ‘cabides de emprego’.
O líder sindical Rodolfo Aguiar, da ATE Nacional (Associação de Trabalhadores do Estado), mencionou a possibilidade de uma nova paralisação geral após o anúncio.