A popularidade do presidente da Argentina, Alberto Fernández, segue apresentando queda no cenário turbulento em que o país passa por uma série de problemas econômicos e medidas restritivas para o combate à pandemia de Covid-19.
Uma pesquisa da Universidade de San Andrés, em Victoria, a 28 km ao noroeste da capital Buenos Aires, divulgada nesta última quarta-feira (26), aponta que a aprovação do governo Fernández continua despescando. Os últimos números apontam que a aprovação chegou a 26%, considerada o nível mais baixo desde que ele assumiu a presidência. Agora, 72% dos argentinos desaprovam a gestão.
Entre as regiões que ainda têm uma parcela de aprovação estão a Grande Buenos Aires (32%), o Centro do país (30%) e o Noroeste argentino (30%). Entre a geração dos Millennial (população entre 23 e 38 anos), a aprovação do governo Alberto Fernández chegou apenas a 31%, enquanto a geração Z (entre 16 e 22 anos) foi a que mais desaprovou (78%).
Para os diferentes níveis socioeconômicos, a maior desaprovação encontra-se no nível socioeconômico ABC1 (de maior poder aquisitivo), com desaprovação total de 77%, enquanto a maior aprovação encontra-se na classe inferior (28%). Por fim, o eleitorado de Mauricio Macri é o segmento que mais desaprova o governo socialista de Fernández (96%).
De acordo com a pesquisa, a satisfação com o ‘andar’ geral do país atingiu seu nível mais baixo desde que Fernández assumiu a Casa Rosada. Caiu de 57% em abril do ano passado para 11% de aprovação.
O maior nível de satisfação se observa na Cidade de Buenos Aires e no centro do país, ambas com 15%.
Em relação às gerações, entre os ‘Baby Boomers‘ (entre 57 e 75 anos) apenas 16% disseram estar satisfeitos com o Executivo, enquanto a geração Silenciosa (entre 76 e 93 anos) é a mais insatisfeita (100%). Dentre os diferentes níveis socioeconômicos, a maior insatisfação encontra-se no nível socioeconômico mais baixo, com um total de 90%; enquanto o maior nível de satisfação é compartilhado pela classe média baixa e pela classe ABC1 (13%).
Por fim, os eleitores de Macri são o segmento mais insatisfeito com o governo (98%); Além disso, 68% dos eleitores de Alberto Fernández estão insatisfeitos com a gestão presidencial.
Os respondentes consideraram que o principal problema da Argentina é a inflação (42%), seguida pela corrupção (37%). Crime, roubo e insegurança aparecem em terceiro lugar, com 33%, mas apresentam queda de 10 pontos percentuais em relação ao último levantamento.
A preocupação com epidemias e doenças aumentou acentuadamente, de 8% em março para 17%. Além disso, corrupção foi a primeira citação com 15% dos pesquisados, seguida da inflação, com 13%, e crime, roubo e insegurança, com 12%.
Em relação às medidas adotadas pelo governo federal em relação à pandemia da Covid-19, 60% dos entrevistados afirmam que discordam parcial ou totalmente, enquanto 35% afirmam que concordam parcial ou totalmente.
As regiões com os maiores níveis de concordância são o Noroeste argentino (42%), Sul (38%), Grande Buenos aires (35%) e Nordeste argentino (35%).
O nível socioeconômico com maior discordância com as medidas relacionadas à pandemia foi a classe ABC1 (73%) e a classe baixa é a que mais afirma concordar parcial- ou totalmente (39%).