O presidente Jair Bolsonaro (PL) não está nem um pouco satisfeito com a reação de prefeitos e governadores depois de um anúncio feito por ele na semana passada, confirmando reajuste salarial de 33,24% no piso dos professores da educação básica.
Conforme estabelece a Lei do Piso do Magistério (11.738/2008), o valor mínimo dos vencimentos passará de R$ 2.886,24 para R$ 3.845,34.
Antecipado pelo Conexão Política, o aumento leva em consideração o valor, por aluno, pela variação da inflação nos últimos dois anos, conforme prevê a Lei do Magistério. De acordo com o chefe do Executivo, mais de 1,7 milhão de professores de estados e municípios, que lecionam para mais de 38 milhões de alunos nas escolas públicas, serão beneficiados.
Repercussão
Após a confirmação, Estados e Municípios reagiram em aceno contrário ao que foi dito pelo governo federal.
Governadores e prefeitos dizem temer que esse aumento provoque uma desestabilização das contas públicas.
Na quinta-feira (27), a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) emitiu nota em que orienta os prefeitos a não concederem o reajuste de 33% no piso salarial dos professores.
Para a entidade, o novo valor poderia colocar municípios em uma difícil situação fiscal, além e inviabilizar a gestão da educação no Brasil.
Bolsonaro contesta
Nesta quinta-feira (3), durante a transmissão da ‘live semanal’ do presidente, Jair Bolsonaro disse que tem, sim, dinheiro para oferecer o reajuste.
Ao falar sobre sobre o repasse, ele diz que o governo exerce com o montante do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
“Existia pressão para dar aumento de 10%. Mas tem dinheiro, o governo repassa o dinheiro do Fundeb”, disparou o mandatário.