O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) definiu a forma como o Brasil será representado nas cerimônias de posse de Nicolás Maduro, na Venezuela, e de Donald Trump, nos Estados Unidos.
Em ambas as ocasiões, foi descartada a presença de figuras de alto escalão, como o chanceler Mauro Vieira ou o assessor internacional Celso Amorim, optando-se por uma delegação diplomática mais discreta.
Para a posse do ditador Nicolás Maduro, prevista para o dia 10 de janeiro, o Brasil será representado exclusivamente pela embaixadora em Caracas, Gilvânia Oliveira.
Apesar da proximidade entre Maduro e Lula, a avaliação foi de que seria necessário escolher alguém que refletisse a posição do governo brasileiro, que ainda não reconhece oficialmente o resultado das eleições no país.
Vale lembrar que, apesar de Maduro ter se declarado vencedor do pleito, as atas que comprovariam a votação e a sua vitória nunca foram apresentadas, sendo mantidas em sigilo, abrindo margem para questionamentos sobre a legitimidade do pleito.
No caso dos Estados Unidos, a representação brasileira na posse de Donald Trump será feita apenas pela embaixadora em Washington, Maria Luiza Viotti.
De acordo com fontes diplomáticas, essa é uma prática que já ocorreu anteriormente, como na posse de Joe Biden, em um gesto que reforça a postura protocolar sem a presença de autoridades do alto escalão.