Paulo Pimenta, o novo chefe da Secom, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, garantiu, durante o seu discurso de posse, nesta terça-feira, em Brasília, que vai estabelecer um novo relacionamento entre a imprensa e o governo federal.
Segundo ele, o “cercadinho” de Jair Bolsonaro não mais existirá.
Desde que assumiu em 2019, Bolsonaro passou a usar uma plataforma comunicação diferenciada. Em um cercado montado em reduto oficial da Presidência, ele concedia declarações abertas, tanto para imprensa, cercado de profissionais, como também para seus apoiadores. Todos ficavam no mesmo espaço.
Em forma de protesto, parte da imprensa deixou de acompanhar os pronunciamos do presidente no espaço reservado, que já está desmontado e não voltará no governo Lula.
Segundo Pimenta, “os jornalistas terão toda a liberdade” para trabalhar nos próximos quatro anos, além de que a comunicação governamental voltará a ter credibilidade.
— Nos últimos anos, ergueram-se muros, barreiras, cercadinhos na relação do governo com o povo. Poucos falavam muito, nem sempre com qualidade daquilo que diziam. Se negaram a ouvir a ciência, as instituições, os diferentes e a população mais vulnerável. Esse tempo acabou. Vamos ouvir o povo brasileiro com toda a atenção e dignidade que ele merece — declarou.
— No governo do presidente Lula não haverá muros nem cercadinhos. Não haverá ofensas ou ameaças. Os jornalistas terão toda a liberdade para exercerem a sua atividade. Haverá fatos, argumentos. Faremos isso com responsabilidade e respeito a todas e todos envolvidos no processo de informação do país. A comunicação governamental precisa voltar a ser uma via de acesso seguro, confiável e com credibilidade — acrescentou.
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