Lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) planejam novas invasões pelo Brasil a partir de abril caso o governo federal não apresente um plano concreto de reforma agrária.
Segundo líderes do movimento, há cerca de 100 mil famílias acampadas em assentamentos ao redor do país, as quais 90% são vinculadas ao MST. A maioria está localizada na região Nordeste.
O MST também cobra que a gestão federal de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeie representantes do grupo para cargos de importância no Estado brasileiro, como as superintendências regionais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Diante da ameaça de uma nova escalada de invasões, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), decidiu ampliar o monitoramento sobre possíveis tomadas de propriedades rurais no estado. O alerta foi emitido depois que ao menos 10 fazendas foram invadidas na região de Presidente Prudente, durante o Carnaval, com a participação de cerca de 5 mil sem-terra.
À medida que reforça o monitoramento, o Palácio dos Bandeirantes também acena ao MST. Após uma articulação do secretário de Governo, Gilberto Kassab (PSB), a “Feira da Reforma Agrária” voltará a ocorrer na capital paulista após ter sido suspensa pelo ex-governador João Doria (PSDB). O foco da feira é a venda de produtos orgânicos produzidos pelo MST.
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