O Palácio do Itamaraty, que comanda a diplomacia brasileira, emitiu uma nota oficial nesta terça (3) em que afirma acompanhar “com grande preocupação” a visita do ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, à Esplanada das Mesquitas (“Haram-El-Sharif”), em Jerusalém.
O local é sagrado tanto para o islamismo quanto para o judaísmo. No entanto, somente os muçulmanos têm entrada livre. Com isso, a ida do ministro foi entendida como uma provocação à Palestina.
No texto, a chancelaria comandada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pede que “o status quo histórico de Jerusalém” seja respeitado pelas autoridades de Israel.
“Ações que, por sua própria natureza, incitam à alteração do status de lugares sagrados em Jerusalém constituem violação do dever de zelar pelo entendimento mútuo, pela tolerância e pela paz”, diz o comunicado.
Durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que terminou em 2022, o Brasil aproximou-se do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que é conservador e defende a legitimidade do Estado de Israel.
Entre os acenos da última gestão, houve a fala de que o país mudaria a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém –o que não aconteceu– e votos favoráveis a Israel na Organização das Nações Unidas (ONU).
O novo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse em seu discurso de posse que o Brasil voltará a se manifestar de forma “mais equilibrada e tradicional” em relação aos conflitos entre Israel e Palestina.
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