Com redução média de R$ 1,75 na gasolina em todo o Brasil, ultrapassando R$ 2 em algumas regiões, a queda da cobrança do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) terá impactos positivos sobre a economia, em especial para os microempreendedores.
A afirmação é do ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, que concedeu entrevista ao programa A Voz do Brasil, um noticiário radiofônico estatal produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Segundo ele, um aspecto impactante da diminuição do ICMS, em especial da energia elétrica, é que a medida terá grande capacidade de impulsionar empregos de base no mercado brasileiro.
Para Sachsida, houve grande articulação política para trazer o que classificou como “alívio” após uma sequência de acontecimentos que reverberaram na economia brasileira.
— Em 2019, tivemos o maior acidente ambiental da história do Brasil, o desastre de Brumadinho. Em 2020, a maior pandemia da história da humanidade, que continuou em 2021, com a maior crise hídrica da história do Brasil. Em 2022, a maior movimentação de tropas desde a 2ª Guerra Mundial. É um ambiente muito difícil internacional e nacionalmente — citou.
Em sua fala, informou também que haverá desconto significativo nos serviços de telecomunicação operados no Brasil. De acordo com Adolfo Sachsida, os efeitos na conta de celular poderão ser sentidos a partir do mês que vem.
Ele agradeceu ao Congresso Nacional pela viabilidade das leis sobre ICMS, mas criticou a forma como os governadores concentraram parte significativa da arrecadação em certos tributos.
— Do ponto de vista econômico, é um erro. Porque o peso morto do imposto aumenta com o tamanho da tributação. Quando se aumenta demais certos tributos, como a energia, você destrói empregos e produção. Avançamos no caminho correto — completou, citando a nova lei do ICMS.