Nesta última quinta-feira (22), houve manifestações de descontentamento por parte de mulheres diplomatas em relação às promessas não cumpridas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no que se refere à igualdade de gênero.
Em um comunicado, a Associação das Mulheres Diplomatas Brasileiras (AMDB), que “fez o L” nas eleições do ano passado, expressou sua frustração com a falta de compromisso do Ministério das Relações Exteriores (MRE) em promover uma política de gênero institucionalizada.
Essa crítica surge em meio a uma série de nomeações de embaixadores do sexo masculino para cargos no exterior, especialmente para posições de maior prestígio na carreira diplomática. De acordo com um levantamento realizado pela associação, das 47 nomeações durante o governo Lula, apenas seis (12,7%) foram mulheres.
“As nomeações feitas pela atual gestão traduzem nítido descompasso entre palavras e ações”, diz um trecho da nota oficial, que também cita a promessa de respeitar a diversidade de gênero que Mauro Vieira, atual ministro das Relações Exteriores, realizou em seu discurso de posse e em outras solenidades do Executivo.
“Passados quase seis meses de gestão, as mulheres diplomatas seguem aguardando medidas que revelem efetivo compromisso com a promoção da equidade de gênero e, sobretudo, respeito ao profissionalismo e à dedicação das mulheres na carreira diplomática brasileira”, conclui o comunicado.