A esquerda brasileira está longe do chamado ‘discurso único’.
Nos bastidores, o clima é de desentendimento e de críticas constantes contra desafetos que compõem o governo Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.
O deputado eleito Guilherme Boulos (Psol-SP), por exemplo, criticou as declarações do ministro da Defesa, José Múcio, sobre grupos que acamparam em frente ao QG do Exército em Brasília depois do resultado da eleição presidencial.
Ele disse, naquele ocasião, que enxergava a mobilização como “uma manifestação da democracia”.
Nesta sexta-feira, 20, em entrevista à Folha de S.Paulo, Boulos rebateu a declaração e disse que Múcio “deveria escolher melhor seus amigos”.
— Se ele [José Múcio] diz que tem amigo em acampamento golpista, isso não é normal. Aqueles acampamentos eram qualquer coisa menos democráticos, porque defendiam golpe de Estado — criticou.
Boulos defende que seja aplicada uma “punição exemplar” aos responsáveis pelas depredações em Brasília. Segundo ele, essa é a forma de “não permitir que a oposição seja feita nesses termos violentos e golpistas”.
— Isso pode acontecer novamente e esse pode virar o padrão de oposição. Essa não é uma questão de vingança, mas de definição de linhas demarcatórias. Pacificação é uma coisa, esquecimento é outra — completou.
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