O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos), afirmou nesta última terça-feira (21) que a entrada na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo das economias mais industrializadas do planeta, é a grande prioridade na política externa do governo.
A declaração foi proferida durante a abertura do Fórum Brasil-OCDE, em Brasília (DF), evento que ocorre até quinta-feira (23) e prevê uma série de reuniões entre países latino-americanos e representantes da entidade.
“Desde o início do governo do presidente Jair Bolsonaro [PL] a adesão do Brasil à OCDE é a prioridade da política externa do nosso país”, destacou o general, que representou o chefe do Executivo na solenidade.
“Concluímos que o ingresso do Brasil na OCDE é caminho natural e fator relevante para que o Brasil dê passos largos rumo a uma maior inserção de nossa economia, nossas empresas e nossos produtos nos fluxos internacionais de comércio e investimentos”, acrescentou o vice.
A carta-convite do conselho da OCDE, que formaliza o início do processo de entrada do Brasil ao grupo, foi chancelada em janeiro deste ano. O documento marca o início do processo concreto de adesão, que pode demorar pelo menos mais três anos.
‘Clube dos Ricos’
Criada em 1961 e com sede em Paris, a OCDE é uma organização internacional formada atualmente por 38 países, incluindo algumas das principais economias desenvolvidas do mundo, como Estados Unidos, Japão e países da União Europeia.
É vista como um “clube dos países ricos”, apesar de possuir entre seus membros economias emergentes latino-americanas, como México, Chile e Colômbia.
O Brasil manifestou formalmente o interesse em tornar-se membro pleno da organização em 2017, durante o governo de Michel Temer (MDB). Desde então, tem buscado aderir mais rapidamente às normas da organização.