O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), irá proporcionar ao ditador venezuelano Nicolás Maduro uma recepção que é oferecida a poucos chefes de Estado desde o início de seu terceiro mandato, em 1º de janeiro.
Nesta segunda-feira, 29 de maio, o chefe do Executivo federal tem três compromissos agendados com o líder venezuelano, além de oferecer um almoço no Palácio do Itamaraty para Maduro e sua esposa, Cilia Flores de Maduro.
Normalmente, as visitas de chefes de Estado são anunciadas com antecedência, mas os eventos relacionados ao ditador foram externadas apenas nesta segunda-feira (29), pela manhã, no próprio dia em que ocorrerão. Na sexta-feira, 26 de maio, o governo brasileiro anunciou com antecedência a visita do presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, que está programada para quarta (30) e quinta-feira (31).
A última vez que Maduro esteve em solo brasileiro foi durante o segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2015.
A chegada do tirano a Brasília foi registrada em suas redes sociais no domingo (28) à noite. Até então, de modo oficial, o Palácio do Planalto ainda não havia confirmado o encontro entre os dois líderes.
O líder petista tem uma reunião privada com o ditador no Palácio do Planalto, iniciada às 10h30. Na sequência, está programado um encontro ampliado com Maduro, sugerindo a presença de assessores e possivelmente ministros. Em outro momento, haverá uma cerimônia para a assinatura de acordos e, às 13h30, um almoço para Maduro e sua esposa no Palácio do Itamaraty, que abriga o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Conforme afirmado pelo governo federal, a reunião entre os dois líderes tem como objetivo discutir o processo de normalização das relações bilaterais entre os países, que foram retomadas após a posse de Lula, incluindo a reabertura de embaixadas e consulados. O novo embaixador venezuelano, Manuel Vicente Vadell Aquino, já apresentou suas credenciais em Brasília.