A representação dos gastos da União com funcionários públicos em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) chegará ao menor valor dos últimos 14 anos até o fim de 2022.
De acordo com um documento do Ministério da Economia, a expectativa é que o custo de servidores em relação à economia brasileira será de 3,4% este ano, superando 2021, quando o índice foi de 3,6%.
A queda nos gastos converge com o número de trabalhadores ativos. Atualmente são 570 mil pessoas no quadro do funcionalismo federal, menor número desde 2009, quando o governo tinha cerca de 562 mil servidores.
De acordo com a pasta da Economia, essa queda é resultado de uma mudança na configuração da força de trabalhado, promovida, sobretudo, pela ampla transformação digital que está sendo feita na administração pública federal.
“A redução de pessoal decorre, basicamente, do processo contínuo de digitalização de diversos serviços públicos – são cerca de 4,8 mil serviços disponíveis na plataforma GOV.BR. Desta maneira, a força de trabalho, antes utilizada para muitas atividades operacionais repetitivas, vem sendo direcionada para atribuições mais estratégicas, que valorizem e garantam um atendimento cada vez melhor aos cidadão”, afirma o ministério, em nota.
Outro fator que contribuiu para esse resultado é a redução promovida em 2019, quando foram cortados 21 mil cargos comissionados e funções de gratificações do Executivo federal. Além disso, na ocasião, foram extintos 159 cargos, além de 4.941 funções e 1.487 gratificações, com economia para os cofres públicos estimada em R$ 195 milhões.
A redução de gastos com pessoal impacta positivamente a dívida pública federal, que apresenta atualmente um estoque de R$ 5,8 bilhões. Com a queda das despesas, aumentam as chances do governo fechar as contas com superávit, o que reduz a necessidade de endividamento do governo para quitar as contas públicas.